Eu tenho que ser minha amiga, senão não aguento a solidão.
(Clarice Lispector)
Inverno cortante, inconstante,
Sem tiquinho de carinho, vento
Sul vem me gelar neste instante.
Se não fosse a paz, o que seria
De mim, meu viver sem alegria?
Árvore Desnuda, minhas folhas
Secaram de tanta dor, estou só,
Para sempre ficarei, desfolhar
Só me resta sem me desabafar,
Nem sou abrigo para dominó.
O frio me congela, sem abraço,
Olho as pessoas, passam rápido,
Antes, me admiravam, embaraço
Aos passantes, flechas de cupido,
Com desprezo ferem, me despem.
Sou Árvore Desnuda de desafetos,
De alento, de aconchego, de mimos.
Sinto frio na alma, até o "cala frio"
Vem me desfalecer sem algum brio,
Insensivelmente me desnudam, ai!
É bom desnudar-se de ventos frios, desafetos, gelo e frio que podem até no coração chegar. Ainda bem, mesmo desnuda, essa àrvore é vestida, muito bem vestida de amor. LINDO! Adorei! beijos, chica
ResponderExcluirQuerida e doce amiga Rosélia,
ResponderExcluirSenti tanta solidão no seu poema, dor e desencanto.
Esta valsa toca-nos a alma e lamento por tudo que está passando.
Ai minha amiga, se os desejos curassem-se todas as dores, acredite, que os meus já a tinham curado.
BEIJINHO GRANDE E EMOCIONADO!
Tristeza, solidão, sofrimento, desencanto, tudo junto neste poema. Bonito de ler, triste após leitura. A amla anda ferida. O coração chora.
ResponderExcluir.
Cumprimentos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Belo versejar, somos árvores, natureza.
ResponderExcluirUm poema tão sentido e profundo.
ResponderExcluirLogo o inverno vai acabar e essa árvore voltará a florescer e a encantar todos os que por ela passarem.
Beijinhos
Profundo e lindo poema, Rosélia.
ResponderExcluirAmei a frase de Clarice Lispector, pois somos nosso melhor amigo ou inimigo, basta perceber e escolher...
Desejo antecipadamente um final de semana abençoado.
Beijos no coração,
Juliana.