sábado, 28 de setembro de 2024

Primavera no ar

 


"A Terra morta num Inverno rigoroso
Voltam a Primavera e as andorinhas."






Primavera no ar

Versos brotam, 
Poemas florescem, 
Setembro perfumado
Cheiro de primavera no ar.
🌹

Palavras animam, 
Métricas favorecem, 
Rimas vêm de todo lado, 
Cheiro de primavera no ar.
🌹

Poesia nas entrelinhas,
Conjugadas e ritmadas,
Estação feliz aos poetas,
Cheiro de primavera no ar.


Eduarda sabia saborear uma das coisas  mais lindas da vida: a Primavera de Setembro do lado de cá do Atlântico. 
Inspirava-se nas flores como um modelo de beleza ímpar.
Vinha um ímpeto soberbo de cores e beleza num misto de conjunto harmonioso que a vida lhe oferecia. 
Sabia aproveitar tudo ao seu redor com gratidão ao Criador por ser um Artesão diferenciado caprichando em cada detalhe dos vergéis pelos prados.
Numa contemplação estupefata, vivia seus dias tingindo-se das multicolores mimosas que encontrava em suas caminhadas e passeios.
Primavera é sinônimo de poesia para ela. 
Seus versos saiam mais perfumados,  cheios de rimas odorizadas.
Mais linda do que a Primavera?
Só  mesmo o dom da vida, que é  prioridade, presente divino  concedido aos homens de boa vontade.
Por falar na rainha das Estações,  quanta benevolência recebemos quando o campo é  tingido de cores e flores. 
Sentia a mulher os seres humanos se perfumarem com a fragrância fina da melhor qualidade. 
Os valores ficam mais em evidência: dedicação, solicitude, prestatividade, disposição, vontade, zelo, amizade, graça, estima... 
Sentia como se a primavera fosse o Natal da natureza em pleno Setembro.

 



Meu novo livro Aqui


quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Melancólico Perfume

 



Ó Deus, não nos tire a poesia!

Não nos faça olhar uma pedra e ver somente... pedra!...

(Adélia Prado)




Caminhava bem devagar, muito  tristonha,

Embora tenha trocado sua dor do seu luto, 

Pelas flores dos lindos jardins ao derredor.


Sentia-se melancólica,  situação medonha,

Tudo era tão difícil, nada fácil,  em absoluto, 

Sabia ser bem dolorosa perda do seu amor.


Procurava se perfumar a não se contrariar,

Era puro odor pelos campos, todos lugares, 

Escondia desolação da doce serena alma.


Seu coração só sabia servir e muito amar,

O pouco não fazia parte dos seus sentires, 

Era intensamente cheia de odor,  a acalma.


sábado, 21 de setembro de 2024

Liberação das Pétalas (Série Inspiração Poema 3)

 


"Sei que os campos imaginam as suas próprias rosas. 

As pessoas imaginam os seus próprios campos de rosas. 

E às vezes estou na frente dos campos como se morresse; outras, como se agora somente eu pudesse acordar. 

Não consegues encontrar no excerto deste poema o recorte de uma escrita nova? 

Creio que sim. 

Talvez gostes deste também: E eu desejaria levantar‑me levemente 

Sobre as paisagens que se enchem de chuva apaixonada. 

Desejaria estar em cima, no meio da alegria e abrir os dedos tão devagar que ninguém sentisse a melancolia da minha inocência. 

Tão belo! 

Não achas? "







Libero pétalas perfumadas 

De dentro do meu âmago...

Solto energias reprimidas,

Elas não têm gosto amargo.

São 

   sussurros 

           poéticos... 


Dentro de mim há  flores,

Como se fossem libélulas,

Elas amparam. Incrédulas

Da sua potência em cores.

São 

   sussurros 

           poéticos... 


Cuidam da minha solidão, 

Não são só ornamentação.

Protegem-me de sufrágios,

Elas não fazem contágios.

 São 

   sussurros 

           poéticos... 


Poucos conseguem perceber,

Estão bem ocultas, sem visão 

Explícita aos de mau coração,

Não me fazem vagar, perecer.

São 

   sussurros 

           poéticos... 


domingo, 15 de setembro de 2024

Leitura na Palma (Série Inspiração Poema 2)

 


"Os versos do poeta são em geral uma contemplação interior, coisas do coração, e, muitas vezes, coisas de filosofia. Quando ele volve os  olhos ao redor de si é para achar na realidade das coisas, um eco ao seu pensamento, um contraste ou uma harmonia entre o mundo externo e o seu mundo interior.
Poesia pessoal encanta-nos até hoje."




Semblante de toda paz, ler a refaz,
rememora a própria vida, satisfaz.
Junção de saber, sentir, prescindir
coisas insignificantes,irrelevantes.

No livro das recordações, lágrimas,
detalhes de desamores, são lástimas.
educa seus sentimentos, tormentos,
pacifica alma com leitura na palma.

Seu baixo olhar belo, contemplativo,
ela induz seu ser ao valor ótico,
Urge comoção, sentimento, paixão,
liberdade de movimento em profusão.

Concentrada na pauta enriquecedora,
pontua seu próprio viver de doadora.
Ganha frescor de sadia envolvência,
doravante cultiva somente alegria.


quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Entre Metáforas e Incompreensões (Série Inspiração Poema 1))

 



Escrever é ter a companhia do outro de nós que escreve.

(Vergílio Ferreira)





Papo reto,
Palavra direta,
Posicionamento, 
Envolvimento...

Elegância, 
Dialética, magia,
Companheirismo,
Discrição no coração...

Humor,
Intimidade, 
Vernáculo assumido, 
Não desperdiçado...

Legado deixado, 
Não perder a Poesia, 
Imbuir dessa relação, 
Devaneios e verdades...

Inquietação, 
Autoral e global, 
Universal e planetária, 
Hora de amortização...

Não imaginária. 
Atemporal, 
Pressa de viver?
Curtir a Inspiração...



domingo, 8 de setembro de 2024

Cantinho do Poeta (Chica)

                                                                   





A poesia abre os olhos, cala a boca e estremece a alma. 
(Charles Bukowski)

Desde Janeiro, uma vez por mês, poetas amigos desfilarão por aqui com poemas sobre a Arte da Poesia  pela poesia.

Nossa homenageada será a querida amiga Chica,  uma amiga que poetisa a vida como um todo e tudo vira poesia em sua potencialidade criativa.

Seja bem-vinda em nosso Cantinho do Poeta,  querida Amiga!     





                                                                        Decisão

 

De livros rodeada,


sentada a escrever...


Lá fora, quase nada,


sombras apenas pode ver!



Sombra que vai ao longe


ainda carrega dentro de si...

No papel deixará registrado


o que sufoca o seu coração!



Mas hoje, tudo ficará mudado,


está tomada sua decisão!

Está pronta, por fora e por dentro


saberá o novo na vida enfrentar.



Deixará  ali escrito o seu intento


sabe que tudo certo vai dar!

Assim, no papel colocado,



Olhará tudo ali antes de partir.


Seu coração, agora sufocado,


ainda de  felicidade iria  sorrir!


 Chica

Da poetisa amiga de todos Chica:


Cria laços com a vida.

Poetisa os céus com suas belezas naturais.

Tem um talento indescritível para a confecção de versos.

Poetisa das que dizem não poetizar. 

Poetisa de prosa e verso, contista e cronista, escritora e

 motivadora de tantas belezas na blogosfera.

Colore nossos dias com suas doces palavras.

É uma festa para com todos os amigos. 

Canta a vida, os belos céus, as árvores, e a natureza,

 Agradece tudo o que vai fazendo, 

fincando raízes a cada passo.

Tem alma de poeta. 

A poesia é o líquido que corre em suas veias...

 Versos exuberantes.

Colore a vida em nuances alegres,

 Floresce tudo.

É uma amiga ímpar.

Belas e envolventes poesias.

Faz de tudo para nos manter reunidos.

Está sempre inovando pelo bem da blogosfera

Sempre Amiga, sempre tão criativa.

 Pessoa tão querida, sempre atenta onde a amizade não é palavra vã.

Tem como marca palavras de vida bem vivida, de ânimo invejável

Escreve  lindamente.

É extremamente talentosa.

Alma singela, um coração imenso,

 cheio de amor pela poesia, 

pela interação entre amigos.

Talento e Amizade.

🐞 🐞 


Poetas que já estão aqui:














Obrigada, minha Amiga, por embelezar a blogosfera com poesias tão lindas.





quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Invernecer na Solidão (Série Desolação Poema 8)

 

 

 

"O Homem Jesus fez Poesia no caos".

(Augusto Cury)

 




Invernecer do meu viver,
na mais dura solidão,
sem teto solidário, sem chão.

Invernecer do meu viver,
na mais triste lisura,
vida sem doce candura.

Invernecer do meu viver,
numa selva de pedra,
da minha alegria, ladra.

Invernecer do meu viver,
ter paz no coração,
imbuída de toda emoção.

Invernecer do  meu viver,
do frio me proteger,
sentir na pele todo aquecer.





segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Proibido ser Feliz (Série Desolação Poema 7)

 



Ser feliz será tão proibido,

Numa junção de felicidade,

Num misto de insegurança?


Instantes de suspiros, inibido

Tempo de boa cumplicidade,

Não se mergulha na bonança.


Alternam-se desejos, anseios,

Aceita-se a fatal infelicidade,

Urge ultrapassar estereótipos.


Perdermos seu endereço?...

Saiamos em prol da bondade,

Tal fênix, rompamos desafios!