"Sei que os campos imaginam as suas próprias rosas.
As pessoas imaginam os seus próprios campos de rosas.
E às vezes estou na frente dos campos como se morresse; outras, como se agora somente eu pudesse acordar.
Não consegues encontrar no excerto deste poema o recorte de uma escrita nova?
Creio que sim.
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Sobre as paisagens que se enchem de chuva apaixonada.
Desejaria estar em cima, no meio da alegria e abrir os dedos tão devagar que ninguém sentisse a melancolia da minha inocência.
Tão belo!
Não achas? "
Libero pétalas perfumadas
De dentro do meu âmago...
Solto energias reprimidas,
Elas não têm gosto amargo.
São
sussurros
poéticos...
Dentro de mim há flores,
Como se fossem libélulas,
Elas amparam. Incrédulas
Da sua potência em cores.
São
sussurros
poéticos...
Cuidam da minha solidão,
Não são só ornamentação.
Protegem-me de sufrágios,
Elas não fazem contágios.
São
sussurros
poéticos...
Poucos conseguem perceber,
Estão bem ocultas, sem visão
Explícita aos de mau coração,
Não me fazem vagar, perecer.
São
sussurros
poéticos...