quinta-feira, 28 de novembro de 2024

O Sabor da Vida

 


Como compor um poema?

Vá caminhar de manhã bem cedinho, observa a paisagem, envolva-a como num corpo imaginário.

Pensa no sol e sinta-o brilhar, repara nas folhas secas,

Imagina-as no outono. Olhe devagar para o azul do céu infinito.

Lembra daquele quase romance, e fica, num instante sem palavras...

Transforma esse bocado da manhã, em poema.”








Participando da iniciativa da amiga Marta Vinhais




Escrevo


Ao acordar,  
numa sensação quentinha. 
Ao descansar do sol,  
numa opção morninha.
No anoitecer, 
numa sensação muito terninha.

Escrevo

Sem respiro tolo, fazendo jus 
à intensidade da luz.
Sem pausas, 
com peito embargado, indefesas 
emoções reprimidas,
com sinceridade, veracidade.

Escrevo

Libero tensões, incompreensões,
num mundo de múltiplas ações.
Uso a palavra sem questionar,
ou seja, rabiscar
é uma defesa, saio ilesa,
és minha amiga meiga.

 Escrevo

Em todos os tempos,
sem métrica, sem rima, poema
com métrica, com rima, com alma.
Nunca por obrigação,
por cumprir algo sem emoção,
só por muito Amor no coração.

"A palavra é o instrumento irresistível da conquista da liberdade."

(Rui Barbosa)




segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Canto de Passarinho

 


 




O anjo da ternura me deu doses de candura,

Estive uma flor desfalecida, sem vida na lida. 

Tristonha, cansada, adormecida no regaço,

Foste claustro de Paz, não encontrado jamais.

 

O amor nasceu entre espinhos, pedras pontiagudas,

Tu mataste minha sede, de saudade me deixaste,

Foram sonhos nas tardes, bondade me coroaste.

 

Fui tua simpatia, alegria, foste canto de passarinho, 

Fui perfume floral, me brindava com anjinho. 

Tão feliz eu era, palpitava nosso coração de amor, 

Hoje, sou rosa murcha, meu ser estala de dor.

 

Triste minh'alma, ouço pássaros nos caminhos.

Encontro-te em meus tumultuados sonhos...

És minhas mais lindas lembranças em bonança.


Participando também da iniciativa da amiga Mari

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Ela adormecia feliz, havia frescor, 

Aconchegada com seu gato, era amor.

Via estrelas cadentes, os anjinhos

Cuidavam dos seus lindos soninhos. 


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Participando da iniciativa da amiga Lúcia


Saber bem aproveitar,

descansar, pestanejar.

Sorver lado bom da vida,

saborear cada lida.



sábado, 23 de novembro de 2024

Viuvinha Encantada

 




Viuvinha Encantada 


Voa, livre!
Já chorou muita dor,
Viveu num triste amargor. 

Voa, livre!
Em voos pausados, 
Com suavidade,  encantados. 

Voa, livre!
Ela passa e lhe vê, 
Exibe sua formosura, crê. 

Voa, livre!
Pousa alegre no toco, 
Não precisa de tanto sufoco. 

Uma viuvinha pousou a meu lado num dia chuvoso...




terça-feira, 19 de novembro de 2024

Estado de Exultação

 





Há em mim pássaros, mil borboletas, 

Esvoaçantes, fazem festas mirabolantes.

Põem-me em belo estado de levitação. 

No profundo estágio de contemplação.


Germina, em mim, ânimo repousante, 

Brota uma sementinha de gentilezas.

Acolho-a com ânimo e generosidade,

O estado de exultação é  preciosidade.


Mariposas em bando são alvissareiras,

Trazem-me boas-novas em cordilheiras.

Aves cantantes anunciam novo tempo,

Cânticos sonoros fluem sem contratempo. 


Minha roupagem tem alvura de ternura,

Ela é misto de prata enluarada, sem usura.

De olhos cerrados,  inebriada, recebo dons,

Extasiam-me os múltiplos e divinos sons. 



sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Na Beleza do Poente








O lugar não era propício, precisava
encontrar ternura no sentimento...
entre túmulos e tristezas múltiplas
surpreendeu-se com o crepúsculo.

O jardim era tranquilo, tão sortido
de tantas recordações, emoções...
Adornado como um lar definitivo,
de  repouso sem nenhum lenitivo.

Ficou ali tão perplexa, pensativa,
encorujada em doentias sensações.
Pasmou-se ao entardecer rápido,
do poente inebriante sem alarido.

A natureza se encarrega da beleza
mesmo em lugar talvez medonho.
Basta um pôr-do-sol inebriante...
restam-nos lembranças somente.




terça-feira, 12 de novembro de 2024

Lua Feiticeira

 


"Que haverá com a lua que sempre que a gente a olha é com o súbito espanto da primeira vez."

(Mário Quintana)



Ó Lua feiticeira,
da noite altaneira,
aquieta minha sereia,
sede de água, me mareia.

Profusão de beleza,
numa terna delicadeza,
acalma minha mãe d'água,
do mar, chama, me deságua.

Fartura de paz,
água mansa me refaz,
doce refrigério, arde,
sem fazer nenhum alarde.

Ó Lua corriqueira,
para mim, tão faceira,
sinto-me una no cenário,
dispo-me de todo ordinário.





sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Charme Azulado

 




No tom azulado,
Põe-se toda elegante, 
Tal e qual uma princesa.

Com charme, bossa,
Em plumas elegantes, 
Em lindíssima vestimenta.

Borboleta ao lado, 
Companhia da sua amante,
São como luz bem acesa.

Menina mulher formosa, 
Cheia de beleza em nuances, 
Ambas são livres de tormenta. 



segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Cantinho do Poeta (Norma Emiliano)

 



Desde Janeiro, uma vez por mês, poetas amigos desfilarão por aqui com poemas sobre a Arte da Poesia  pela poesia.

Nossa homenageada será a querida amiga Norma Emiliano,  uma poetisa de versos singelos e de profundidade.




Destino Amoroso 

Em pleno voo foi captada

De passo em passo

Foi enlaçada 

E instalou-se o amor eterno.


Palavras emocionadas convertidas

Em cuidado de si e do outro

Gestação do sonho

Realização efetivada.

  

Lançadas aos ventos

Em muitas moradas aportam.

Escrevivência que aproxima

Transcende e inspira.


Norma Emiliano


Da poetisa Norma:


Grande escritora e poeta.

Sensibilidade na arte de poetizar.

Palavras escritas com alma.

Emociona-nos com seus belos e sensíveis versos poéticos.

Poesia tão intimista.

Graça poética.

Reflete a magia da escrita.

Excelente poetisa.

Poesia encantadora e bem inspirada!

Poema escrito com amor, ternura e delicadeza.


Simples, mas muito bem construído.

💐


Obrigada, minha Amiga, por embelezar a blogosfera com poesias tão lindas.



sábado, 2 de novembro de 2024

Rasgados e Remendados



Porque a poesia para  mim não é  uma fuga da realidade. 

(Mario Quintana)

 


Sofrer é fortificar o ser,

Amar é mais fortalecer. 

 

A vida é cheia de etecetera, 

Num descuido, ela já era...

 

Moções várias nos aguardam,  

Com coragem, elas pululam.

 

Como pássaros, voar, ultrapassar!

Misérias? Dar espaço às alegrias.


O vento é liberdade em profusão,

Libera energia presa no alçapão.

 

Rasgados e remendados, seguimos,

Bem devagar, todos conseguimos.




Aos amigos que amam a poesia pelo seu Dia Nacional.