Estaremos numa semana de festa poética com quitutes poéticos dos mais variados e deliciosoe.
A Poesia merece.
A poesia serve para cantar, para
rezar, para ler em voz alta ou em voz baixa,
para refletir, para fazer uma introspeção
pessoal, para convocar as sombras, para
encontrar a luz.
Os poetas sabem que a poesia está nas
palavras escritas e ditas, mas também no
silêncio habitado por muitos desejos, por
muitas dádivas, por muitas águas, por muitas
sedes.
É que o poeta é contemporâneo dos deuses.
Os seus templos têm abóbadas de silêncio
e nostalgia. Os seus ritos roçam a magia, a
raiva, o exorcismo. O seu tempo tem a rotação
das dunas no litoral do fogo. Há multidões
partilhando o ágape fraterno dos seus versos.
(Graça Pires)
Minha Participação:
Sutilmente, meu olhar
paira na história do meu viver,
Num passado a sonhar,
fluíam anelos de bem-querer.
Surgia a romântica autêntica,
cheia de mágicas utopias.
Onde foi parar a crença
da sonhadora da esperança?
Seria do destino uma visão,
não cumprida impiedosamente?
Espécie em extinção,
fruto de amor sem compensação?
Leio, na tentativa de viver,
de não sucumbir prematuramente,
Não sou fruto de ótica ilusão,
sem qualquer emoção...
Ah! Seria bom rever meus sonhos
realizados na árdua berlinda,
Teriam folhas de bonança,
ávidas de página linda?
Confio no bom senso do Escritor,
Perito na contradança,
Sem forjar colapsos medonhos
ou um pálido amor sem cor.
"Quem disse que as palavras não fazem carinho, é porque nunca leu com o coração."