sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Paz pela Paz

 




Participo da iniciativa da amiga Rebeca


Rebeca.



Um belo dia, um coveiro resolveu fazer um enterro diferenciado.
No calendário, seria um novo ano e ele queria inovar.
Para começar, colocou um pijama de bolinhas a fim de descontrair o ambiente tão pesado e soturno.
Pelo fim de um ano, as pessoas ficam sensíveis, as lágrimas descem mais espontaneamente, as emoções fluem sem embaraço algum.
Quis dar cabo e fazer sucumbir o desânimo da humanidade.
Num gesto simbólico, escreveu tudo que gostaria de que fosse mudado e enterrou literalmente numa cova funda, onde ninguém mais pudesse achar.
Tinha grande esperança no coração de ver a humanidade unida, com amor no peito, empatia sendo vivida sem contenção de afetos. Almejava a paz, enterrava o ódio, a prepotência, o desafeto, os desgostos, as desilusões, as guerras, o egoísmo, o poderio desenfreado, a ganância e outros mais de que ia se lembrando.
Começaram a chegar pessoas para reverenciar seus falecidos e viram que enterrava papéis e ficara sem entender nada. Aproximaram-se do coveiro e observaram o ato simbólico, aparentemente doido, do pobre homem que estava acostumado a ver só coisas tristes.
Ao final do enterro fictício, entrevistaram o funcionário lhe perguntando o que fazia, afinal.
O homem foi narrando a dinâmica e as pessoas sairam cabisbaixas, abanando a cabeça, confirmando, no íntimo, que aquele inusitado homem estava mesmo doido de querer coisas impossíveis devido ao contexto da sociedade atual.
🙏🙏🙏
Paz,
sentimento não visto jamais,
o povo sente falta da calmaria,
não pode exprimir pura alegria.

Paz,
valor almejado com todo vigor,
empenho elaborado com muito amor
saber primordial de ideal penhor.

Paz,
todos queremos, lutamos sem cessar,
algo primordial a se lutar, amar,
estado da alma a nos acalentar.




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