Camuflada nas Estrelas (Série Mulher Poema 6)

 

"Entrego tudo meu,

se for para tudo teu.

Não sei querer tão pouco

não sei amar no meio.

Se for para ser, que seja inteiro."

conto meus dias 

pelas estrelas celestiais,

vivi na intensidade luminosa,

meu tênue brilho as reflete,

minha vida se assemelha

às inúmeras constelações,

tamanha força distorcida 

da minha crua realidade

num prisma de adversidade,

imensas, desafiadoras situações,

desprendi uma enorme energia,

tal e qual as majestosas,

em fiel cumplicidade,

sigo minha vida em sintonia

disfarçada em roupas camufladas.

distancio-me de tudo, de todos

a fim de preservar meu próprio bem.

florescente a quem me quer bem,

tomo a forma que me convém

a fim de não me expor aos maldosos,

camuflo-me de mulher fosca

a me disfarçar dos inescrupulosos.

à noite, sou reluzente,

vaporosa, ilumino, sou iluminada

pelas forças supremas celestes,

tenho um brilho próprio transparente,

ofusco a imensidão com meu coração,

sintetizo com varinha de condão,

sentimentos de Amor e compaixão.

pareço distante, sou próxima,

dependendo do alvo de atenção,

facilmente decifrável,

numa luz bem confiável,

Às vezes, Úrsula, outras, Sirius, 

outras só a mínima C,

de tão ínfima... sem você.