terça-feira, 20 de agosto de 2024

Debaixo de Subterfúgios (Série Desolação Poema 4)

 








No oculto do coração, 
escondo toda minha dor,
só minha, de mais ninguém.
Debaixo de subterfúgios, 
abrigo meus calafrios,
recolhida por anos a fio.

Algo supremo me esconde 
de forma bem inusitada,
sou invisível, abrigada 
no meio de outras dores 
de alguns semelhantes,
sem mais, aterrorizada. 

Ao redor, ninguém me vê, 
mesmo estando rodeada 
de pessoas, nem aí estão 
a nada sentido no coração,
encolho-me como um embrião,
do casulo não quero sair.

Lá fora, só ingratidão,
numa nuvem de escuridão,
sentimento envolto em dor,
 coração revestido de amor,
sente falta do odor de flor,
riem, gargalham, não sentem
toda a dor do duro desamor.

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13 comentários:

  1. Muito linda a poesia inspirada no desamor, transparência, amarguras que são muito tristes! Adorei o quadrinho inicial que fala grande verdade! Um amor!

    Lindo domingo!
    beijos, chica

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  2. Você leu-me e transcreveu minha alma em versos! Não quero sair mais do casulo! Falta-me oração e nem isso consigo! Abençoada semena!

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  3. Sentido, profundo e belo poema.
    O desamor trás consigo a dor, desilusão e deixa a alma dilacerada e sem forças para nada.
    Beijinhos

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  4. Boa noite, amiga Roselia!
    A desolação atinge-nos com intensidade. O mundo está envolto em extrema violência. É impossível ficar indiferente.
    Poema intenso e profundo, que retrata a realidade que nos rodeia.
    Gostei muito.
    Deixo os meus votos de uma feliz semana, com tudo de bom.
    Beijinhos, com carinho e amizade.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com
    https://soltaastuaspalavras.blogspot.com

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  5. Querida amiga Rosélia! Quando se escreve com a alma e o coração se poetiza lindamente como você o fez. É no oculto do coração que surge as mais belas poesias. Estou com um bloqueio para poetizar, espero que passe. Parabéns! Abraços da amiga Lourdes Duarte.

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    1. Amiga, vai passar.
      Com seu potencial e toda dor que viveu, em breve vai chover poemas.
      Beijinhos

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  6. O desamor é como um bisturi que nos rasga e faz sangrar
    Um poema belíssimo caríssima amiga
    Meus aplausos
    Beijinhos e uma boa semana

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  7. Querida amiga, precioso poema del desamor, creo que todos una ves en la vida pasamos por eso.
    Un placer leerte.
    Abrazos y besitos

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  8. Querida amiga, que empiecen a llover los poemas.
    Abrazos y besos

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  9. Amiga Rosélia, o coração só cada pessoa sente o seu e o que lá esconde, esse esconderijo perfeito. No entanto, ele não pode reter tudo, senão torna-se noite fechada. Dele deve ir transbordando sempre alguma poesia, ainda que nem sempre em palavras. Mas as suas são belas e são bem vindas.

    Beijinhos e tudo de bom!

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  10. Na desolação encontram-se almas gémeas, pela
    dor de que os corações se queixam, pelo sofrimento
    que perpassa pelo mundo. Unindo a sua dor podem
    por vezes encontrar lenitivo ou solução para o mal
    de que padecem.
    Belo poema que pertence a esta série a deu nome de
    "Desolação". Espero poder voltar aqui, para o próximo,
    querida amiga Rosélia.
    Beijinhos
    Olinda

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  11. a dor do desamor, bem calada, ainda fica maior a dor.
    poema bem inserido nesta série.
    um beijo.
    :)

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