💙 Norma Emiliano 💙
Pessoas iam e vinham numa maratona circunstancial.
Quase se atropelavam pelo caminho com muita pressa, característica do mundo atual desenfreado nos agires e sentires de forma alucinante.
No meio da multidão, estava Roseane que passava despercebida pelas gotas de chuva grossas que caiam na cidade tão agitada e misturavam-se às suas lágrimas num misto de dor e saudade.
Todos queriam resolver "suas coisas", nem se davam conta de como, entre uma multidão de gente, estava Rose passeando para despistar seu ânimo e buscando ganhar forças para sobreviver à dor que a assolava há poucos meses que mais parecia de toda uma vida.
De repente, um guarda-chuva esbarrou no seu e alguém reparou em sua face molhada mesmo com seu rosto debaixo do protetor plúmbeo.
Tadeu tomou coragem e, tomado de um sentimento de solidariedade, ousou perguntar se ela precisava de algo, se estava passando mal e outros, com toda delicadeza e cautela que convinha numa conversa com alguém com quem não se tem intimidade.
A mulher não conseguia sequer falar, as lágrimas falaram por ela, vinham de seu 💙 muito partido, estraçalhado de tanta saudade e abandono.
O homem caminhou lado a lado e, permaneceu no silêncio junto à sua companhia.
A mulher parou de caminhar em frente ao mar e ambos se olharam terna e demoradamente.
De repente, a chuva caia mais mansa e só o mar tinha mais água do que as que rolavam ainda na sua face ensopada.
Assim, ficaram a contemplar o mar, agora eram dois 💙💙 a ouvirem o barulho das ondas a se quebrarem na areia sagrada como a dizerem que ambos estavam sendo lavados de corpo e alma.
Doravante, sob a tutela do "guarda-do-Amor".
A suavidade une seres sensíveis num sentimento que ninguém consegue apagar, nem mesmo o Sagrado Mar tão poderoso.
(Selo Pétala presente da querida amiga do meu 💙, Diná, há quinze dias falecida).
Que lindo conto ! E como é bom quando alguém é capaz de olhar, ver, perceber a dor do outro. Lindo encontro e belo final! beijos, tudo de bom,chica
ResponderExcluirBom dia, Rosélia!
ResponderExcluirTão bem faz agir à imagem e semelhança de Deus, que é Gentil em toda a Sua natureza.
Beijo!!
Renata e Laura
Bom dia Rosélia.
ResponderExcluirLindo de viver esse poema.
As pessoas queridas também se vão, e fica a saudade...
Beijos
Ju
Que conto lindoo!
ResponderExcluirE que o "guarda-do-Amor" devolva a felicidade para Rose.
Estou esperando curiosa pela continuação do seu maravilhoso conto, Rosélia
Um beijinho e o meu carinho
Verena.
Amiga, não tem continuação, é apenas uma inspiração e o "guarda-do-Amor" está sempre com gentilezas conosco. Protege, abriga de todo tipo de "chuvas". Não nos abandona jamais.
ExcluirObrigada, querida.
😘🙏🙌💐
Um conto sensivel e delicado.
ResponderExcluirGostei de ler.
Desejo muita saúde à minha amiga Roselia
beijinhos
:)
Um conto com sensibilidades tão necessa´rios no mundo tão insensível ao outro. Grata pela adesão. bjs
ResponderExcluirLindo presente da Diná,sempre atenciosa e delicada.
ResponderExcluirConto cheio de ternura.
Ninguém ver o outro. Na chuva é possível chorar sem chamar atenção.
Mas,um pequeno incidente de guarda-chuva mudou o dia de ambos.
Lindo amada. Participação especial nesta série da Norma.
Xeru
Olá Rosélia, um lindo conto, e um lindo encontro também! E o presente da Diná tão delicado e bonito, uma lembrança para você! Bjs Sueli
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