Olha à tua volta. Observa.
Viaja através das imagens.
Escuta a voz das coisas.
O mar, o céu, a montanha está tudo ao teu alcance.
Podes não encontrar as palavras capazes de iluminar o que vês.
Mas quem sabe se não há em ti um poeta adormecido?
Ela sofreu, chorou sozinha, sem carinho,
Suas inúmeras lágrimas se converteram
Em pérolas gotejantes, elas proliferaram.
Ensopou suas vestes, sua mesa de labor,
Fez transparente o reflexo de esplendor,
Segurou seu coração na mão, como flor.
Com o olhar perdido no horizonte longe,
Revê seus sonhos distantes pela solidão,
Reflete em sua situação de pura indigente.
Espelha gosto amargo da desilusão doente,
Vive na clausura do seu lar, como monge,
Doravante, não entregará mais seu coração.
(poema não escrito na atualidade, embora seja inédito aqui).
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