Por trás do arranha-céu (III)

Quanta beleza há embarcada no meu coração 

Moro num arranha-céus!

Espreito encantada todos os pontos bonitos e só meus

Em plena e feliz emoção.

Cada canto e recanto, revivo meus passos todos,

Não me canso de agradecer ao Bom Deus a Graça

De não morar engaiolada, tenho liberdade interior,

Sou de passeios gratuitos, vivencio lances fortuitos,

Cada dia, saio em busca de luz, calor, sombra e cor 

Ó doce arranha-céus, como me encanta morar 

Mais pertinho das alturas,

Contemplar, feliz, a cada dia tantas belezuras,

Viver, sorrir, alegrar e amar.

Como é bom um lugar bonito, ter olhares serenos

Para morar simples e viver muito bem na paz.

Com dias de Outono ainda suaves e bem amenos,

Por trás dos arranha-céus, minha vida se refaz.

Ó doce cantinho, olho tudo com muito carinho,

Águas nos banham com delicada e sutil ternura.

A cada dia uma emoção acontece, com brandura,

Mar é uma espécie de lar espiritual, meu ninho. 

Ondas rendadas, espumosas quase beijam os arranha-céus,

O rumor das ondas vem aqui sonorizar todos sonos meus. 

O visual é belíssimo lá de cima, cá embaixo, um arraso,

É morar na terra, viajar no ar, viver no mar  bem raso.

De longe o avisto com saudades, dentro dele espreito

Com lembranças do meu leito, doi até no meu peito.

Dentro deles vamos nós dois juntinhos aportando,

Contra todas intempéries cortando mar e vencendo.

I

http://www.escritosdalma.com.br/2019/04/por-tras-do-arranha-ceu-i.html

II

http://www.escritosdalma.com.br/2019/04/por-tras-do-arranha-ceu-ii.html