quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Despedida Súbita (Série Desencanto Poema 1)



Tentei, porém nada fiz...
Muito, da vida, eu já quis.
Já quis... mas não quero mais...
(Cecília Meireles)





Da última vez, ia partir,
despedida num só galope,
num rumo tão, tão incerto,
sem sequer poder imaginar,
do final muito abrupto,
num adeus quase eterno,
num momento tão terno.

O último beijo, o olhar
molhado de dor da saudade,
o aperto, nó no coração,
a saudade mais comprimida,
todas emoções refolhadas,
último beijo, sensação
estranha, rapidez sem vez.

Não houve sequer tempo 
de dizermos mais palavras,
tudo foi velozmente rápido 
como trem de partida súbita,
num relâmpago de emoções,
debulhar de lágrimas mil,
na voz engasgada, o Eterno
                     Adeus!



4 comentários:

  1. Triste como uma despedida inesperada de uma amor ! Linda tua poesia e os versos iniciais da Cecília Meireles!

    beijos praianos, tudo de bom,chica

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  2. Bom dia Amiga Rosélia,
    Um poema lindo, mas triste pela despedida que não aconteceu.
    Um adeus que só o coração guardou, assim como as ternas lembranças que ficarão para todo o sempre.
    Beijinhos fraternos de paz e bem.
    Dia muito abençoado.
    Ailime

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  3. Rosélia,
    Aqui sempre com poemas lindos
    e muita inspração para
    nós todos que por aqui passamos.
    Bjins
    CatiahoAlc.

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  4. Querida Rosélia, que honra ter um vídeo que editei com essa canção do Nazareth delineando o seu lindo poema!! Fiquei encantada!!
    "Despedida súbita!" Sim, é exatamente sobre isso que a música fala conosco e os seus versos soam ainda mais envolventes do que a própria canção.
    Gratidão por esse gesto de generosidade querida, muito obrigada!
    Beijos e uma semana linda, a despeito do calor forte, difícil de suportar, mas vamos que vamos não é?
    Beijos!! :)))))

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