sexta-feira, 11 de julho de 2025

Cantinho do Poeta (Lis)

 


Desde Janeiro de 2024, uma vez por mês, poetas amigos desfilarão por aqui com poemas sobre a Arte da Poesia  pela poesia.

Nossa  homenageada será a querida amiga Lis, a poetisa das fotografias belas com poesia embutida em cada click. 

Seja bem-vinda em nosso Cantinho do Poeta,  querida Amiga!





.... gosto do silêncio, 
mas não sou silenciosa.
Sonho acordada, 
choro nas cenas tristes dos filmes 
e, quando me sinto sozinha demais, escrevo.

Na maioria das vezes, sou prolixa,
quase uma dissertação.
Como aqueles temas que pediam na escola
Passava horas lendo as redações 
que a minha professora-madrasta trazia 
para corrigir em casa.

Habituei-me escrever como elas
_ assim livre ...
despojadamente,
quase sempre com alguma coisa fora do lugar.

 Devo ter faltado as aulas de pontuação 
nunca sei onde jogá-las.




 





Mario Margaride 





Obrigada, minha Amiga, por embelezar a blogosfera com poemas tão lindos.




quinta-feira, 10 de julho de 2025

Palavras Curam


As flores, cerejeiras lhe brindaram com muita alegria.

 

Escrevendo enquanto der..


Uma iniciativa da amiga Chica


"Ser poeta é mais alto, é ser maior 

Do que os homens! 

Morder como quem beija! 

É ser mendigo e dar, como quem seja Rei"...








Jogou as lágrimas ...


Ria, sorria, era feliz,
Como a todos condiz.

Vivia, com alegria,
Até haver um belo dia.

Sabia ser bem- amada,
Sentia-se tão  inebriada.

Sem mais nem menos,
Dissabores não amenos. 

Choro compulsivo na face, 
Após infeliz desenlace...

Não teve outra alternativa, 
Estancou, Jogou as lágrimas.

Procurou mar, montanhas,
Amigas, cafés, chás, palavras.

Deus veio em seu auxílio,
Deu-lhe um pouco de alívio. 




segunda-feira, 7 de julho de 2025

Aridez da Alma

 







Alfred Stieglitz (1864-1946)

Num chão bem árido, sem consolação,
Tece seu sonho, medo em desolação.

Sente frio na alma, nada a acalma,
Vida dura sem consolo, seguido dolo.

A friagem do lugar impregna o ser,
Ela procura tão somente sobreviver.

Tece o rosário de lamentos à Terra,
Pede à Mãe Gaia pela dura guerra.

No chão vazio, lembra suas perdas,
Enterrou seus ideais nas veredas.

Obrigada, querida amiga Ginebra. 

sexta-feira, 4 de julho de 2025

Força Triunfal em 5 Anos

 


"A poesia contém os sonhos de toda gente".
(Graça Pires)





Se amuada, sem auxílio na Terra,
 ajudada por borboletas, voo pelo ar.

Elas se juntam como astutos anjos,
numa corbelha em forma de balão.

Suas cores se mesclam às estrelas,
dão-me viço e força triunfal.

Elevam-me ao cume da Serra,
de forma a nada me ludibriar.

Vejo, de longe, todos abismos,
agruras saem do meu pobre coração.

Recomeço a imaginar boas quimeras,
minha vida começa a ser colossal.

"Podes também esperar que a noite venha com infinitos sóis e solte transparentes borboletas cobertas de mel"



Participo da proposta da querida Tracy

Em 5 anos, muitas coisas mudaram, entre lutos sofridos, dores na alma, 


Consiste em voltar à publicação que você fez na primeira quinta-feira de julho de 2020, quando estávamos saindo da pandemia, e copiar o link para a publicação que você fez naquele dia.
E pense em como você teria feito essa publicação hoje, em 2025.
Quem não editou uma publicação naquele dia deve fazer o mesmo com a publicação mais próxima daquela primeira quinta-feira de julho de 2020.


Tracy, muita coisa  mudou em 5 anos, eu escrevia muito, lia muito e só a escrita me envolvia por inteiro, a dor que sofri na pandemia só foi atenuada pela escrita e leitura, foi cruel demais, sonho desmoronado, solidão de tudo, hoje, voo pelas asas das borboletas, como no poema acima...
Elas não me abandonam, ficam pelo ar procurando a quem encantar e voltam de vez em quando para acarinhar.
Bem diferente das pessoas que se foram e nunca mais voltaram a não ser em sonho. O abandono da pandemia foi cruel demais.
Naquele ano que não foi o final da pandemia, estávamos em pleno auge dela por aqui, eu tinha ainda muita esperança e colocava em palavras meus verdes sonhos esperançosos.

Obrigada, querida Tracy.



Escolhi uma das quadras escritas naquele tempo pandêmico, postada no primeiro dia de julho de 2020:

Borboletas voltaram a circular...
Chamando a atenção, a alegrar,
Com todo dinamismo, voamos leves
Não há como resistir às preces.