domingo, 28 de setembro de 2025

Feição do Escritor

 









Abandono do amor,
solitude no desamor,
aconchego das letras,
papel, lápis, etiquetas.

Abandono do amor,
amplidão da solidão,
esmerar-se com penhor,
enganar-se, cheia de dor.

Abandono do amor,
um chá ou café, fé
na lida, esperança
de dias de bonança.

Abandono do amor.
um horizonte novo,
aconchego e renovo,
assim se faz o escritor. 



Participo da iniciativa da amiga Maria

O Papel tem mais paciência do que as pessoas.
Anne Frank






sábado, 27 de setembro de 2025

Cristal Mulher

 





Entre pétalas rosadas, ela se dispõe,
também ao seu coração propõe
nunca deixar de amar 
 na terra ou no mar.

Rodopia com discrição em bonita ação,
é do Amor singela manifestação,
tem nos pés lindos cristais,
pisa suavemente sem ais.

No complexo envolvente, bem temente,
desliza como no gelo, ternamente,
seu bailado segue compassos,
é dona de todos espaços.

Caminha com magia, muita envolvência,
tem leveza e sutileza na alegria,
sabe viver com hegemonia,
dança sobre seu dia.


quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Primavera sem Flor


"No canteiro de mágoas, a rosa não floresce, o mato cresce, engole, abafa, a primavera passa."






Ela esperava pela primavera,

Ele lhe trazia perfume nos dias, 
Seu coração, inundado de flores.

Num triste dia, ele feneceu,
Como os jardins no inverno.
Não era mais sua cerca-viva.

Seu tapume de rosas mimosas,
Rubras em nuances, miosótis,
Jasmins, tulipas... murchou.

Dissimulada tristeza mortal,
Irradiação de ternura no coração
Enlutado pelo morrer das flores.

Entristecida pela brutalidade
Do rompante dos sentimentos.
É primavera, sem amor e flor.




domingo, 21 de setembro de 2025

Mordomia de Escritora

 





Ela lê... assentada na sua poltrona,
Necessita acalmar, não ser chorona.
Seu recanto de leitura é aconchego,
Nele, sente a vida pulsar, chamego.

No conforto do seu lar, escrevinha
As memórias na lucidez, se aninha.
Como o bom momento vespertino,
Tem a paz do poente sem desatino.

Conforta seu coração, na mordomia,
Reconforta o espírito, sem euforia.
No afago da almofada, ela descansa,
Todo seu ser dança na contradança.

A paz do lugar a favorece, a aquece,
Escritora se constrói sendo leitora.
Consegue se inebriar, se acalmar,
Muito feliz, lê muito, vorazmente.


quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Efusão de Amor

 



"Quando se abria aos afetos, era sempre sem reservas nem refolhos; sabia amar o que era digno de ser amado, sabia estimar o que era digno de ser estimado."






Libero todo meu afeto em profusão,
emano boa energia de manifestação,
a vida me doa impulsos e emoções,
lido bem com sensações sem senões.

O amor flui do meu doce coração,
solto eflúvios em rica evolução.
Libero o sentimento em explosão,
 meu ser é um misto de ebulição.

Na fluidez do pensamento, um ato
de gratuidade sai de imediato.
Rompe as fronteiras do universo
do meu eu em côncavo sem reverso.

De mãos espalmadas, como convexo
coração efervescente, somente
o desejo rubro invade docemente,
no mais elegante, sutil reflexo.





segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Cantinho do Poeta (Maria Luíza Saes)

 


Desde Janeiro de 2024, uma vez por mês, poetas amigos desfilarão por aqui com poemas sobre a Arte da Poesia  pela poesia.

Nosso  homenageada será a amiga Maria Luiza Saes, um poetisa que versa livremente conforme o transbordar de sua alma  cheia de fé e devoção.  

Seja bem-vinda em nosso Cantinho do Poeta, Amiga!





Eu sou um livro livre.

Deus deu-me livre arbítrio.

Nele escrevo todos os dias.

Nunca o fecho.

Há décadas de páginas.

Páginas que somam alegrias vividas.

Também frustações acontecidas

Tristezas não acolhidas.

Bênçãos recebidas.

Gratidão reconhecida.

E segue assim,

assim, assim....

 Bem assim!

Outro:

Vim trazer meu verso
porque sou feita de fé.
Fé nos amanheceres vindouros,
Fé nos sonhos que se consolidarão,
Fé e delicadezas nos meus afetos,
Fé nas minhas realizações,
Fé nas minhas forças e coragem
De onde brotam toda a minha gratidão.



Disseram da amiga Maria Luiza:


O que ela escreve chega do coração e do seu dia a dia.

Sua.poesia sempre encanta. 
A sua sensibilidade toca-nos a alma e faz-nos ver mais
além, para esse infinito que Deus nos tem reservado.

Cada verso toca o coração, trazendo sensibilidade e emoção de uma maneira tão natural e profunda.

Preciosa inspiração.

Versa livremente conforme o transbordar de sua alma.

 Muito talentosa e criativa.


"Tens a honra e o direito
De saber quem te baptisa
Alargando o que é estreito
Numa grande Poetisa."
(Deus)






Poetas que já estiveram presentes:


Muito obrigada por embelezar a blogosfera com poemas espontâneos,  amiga.

VEIO DA MARIA LUÍZA:

Grande honra passar por este tapete onde já, verdadeiros poetas passaram! 
Jamais supus estar nele por reconhecer que de poesia, não me instruí, não naveguei nas técnicas. 
Escrevo por pura intuição, mas a minha gratidão será eterna para consigo; pela sua fidelidade, carinho, atenção, orações, enfim pela nossa amizade que tanto prezo! 
Deus a abençoe. 
Beijos!




quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Ao Cair da Tarde

 







"O poeta oscilará entre as sentenças mal concebidas do crítico, e os arestos caprichosos da opinião; nenhuma luz, nenhum conselho, nada lhe mostrará o caminho que deve seguir, e a morte próxima será o prêmio definitivo das suas fadigas e das suas lutas."

(Machado de Assis)






Ao Cair da Tarde

Ela se compõe sutilmente,
Vestida de charme e decência.
Só lhe encanta perfumar ao redor,
Colhe flores, faz licores, tece amores.


Ela se curva bem feliz,
 Não se sente uma mera infeliz,
Nem está só, tombada pelo caminho,
 Natureza e verde são seu melhor ninho.


Ela carrega pura ternura,
Em seu cesto, ramalhete de candura,
Exala todo esplendor da sua brandura,
Tem gestos delicados sem nada de usura.

Ela é jardim no coração,
Um misto de adequada emoção,
Sutis emoções e tênues comoções,
Na certa, colherá belas sensações.




segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Defensora da Natureza

 



Afeita à toda natureza,

Revestida de bondade,

Dotada de generosidade,

Amante da delicadeza.


Amiga leal de animal,

Denota afeto descomunal.

Tem aos pássaros amor, 

Aos bichinhos, dá valor.


Em seu semblante, paz,

Sua aura denota sossego. 

A face não é rude jamais,

A natureza é seu aconchego.


Socorre seres indefesos,

Dá suporte em aconchego. 

Alimenta os pobres de ego,

Tem, por todos, gestos belos.



Participo da iniciativa da amiga Ginebra


Participam também as amigas:

Nuria Espinosa 

Campirela 

Rebeca 

Demiurgo

Gabiliante

Maria



Obrigada, querida amiga Ginebra 




quarta-feira, 3 de setembro de 2025

O Pássaro e Samira Azul







Pássaro jovial entre o róseo e o safira,
gosta de apreciar as artes de Samira.
Contempla no galho a bela harmonia,
Entre flores e natureza em hegemonia.

Encantado com a mulher, fica imóvel,
a majestade de ambos é tão amigável.
Do  lado de lá, ela se banha na lagoa,
do lado de cá, a supremacia duma loa.

O pássaro não se exibe além do normal,
zela a não espantar cenário fenomenal.
Tal dama se refresca despistadamente,
refresca corpo e alma destemidamente.

Numa sinfonia suave, nina a mulher,
ela agradece com um sorriso rosicler.
Os dois têm cumplicidade e amizade,
num dueto secreto de terna afinidade.