Uma Imagem/um conto
Desde menina, Rosinha adorava chegarem às férias ou datas mais longas comemorativas para saírem de viagem ao interior do ES com seu pai amado.
Gostava de atravessar a pé, porteiras de madeira que eram postas também para animais como bois, vacas ou bezerros não passarem.
Na entrada do sítio, um córrego limpinho ia com ela em paralelo, atiçando o gosto que já tinha pela água de um modo em geral, sendo ainda pequenina.
Ao adentrar na varanda, seus sonhos iam sendo aguçados cada vez mais.
O que se sucederia desta vez? Teria o doce de tomate que ela e outros meninos da fazenda iriam colher nos pés em tom de brincadeira? D. Magnólia faria os biscoitos no fogão à lenha? E a manteiga batida na garrafa até se condensar o leite será que teria?
Brincariam os infantes na varanda grande de pega varetas e outras diversões não informatizadas?
Ficaria contemplando curiosa e caladinha as moças ralando coco e abóbora no riacho para fazerem doces saborosos caseiros?
E a missa dominical? Que lindo era pôr seus vestidinhos da cidade de tecido brocado para, com toda devoção e de véu branco na linda cabeleira cacheadinha, ir rezar! Ia toda prosa e dengosa receber sua Eucaristia com apenas oito aninhos e muita fé já tinha.
Era pequeno o povoado, cercado de morros esverdeados, como num aro de aconchego, num círculo de ternura que alimentou sua alma até o adormecer dos seus dias.
Até hoje, quando vai à roça, se extasia e fica sentada na grama olhando jardins, pássaros, gados, ar puro respirando, no alcance do seu olhar abraça um cenário inspirador.
Adorei o conto daq Rosinha...Ficou linda tua participação! bjs, chica
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