Na Penumbra do Anoitecer

 

"Quanto mais silenciosa eu ficava, mas ouvia."

Participo da iniciativa da amiga Mônica:

He venido sólo para decirte que anoche tuve un sueno contigo.

(Gabriel Garcia Márquez)

Nada tan enganoso como ...

Artur Conan Sábato)

Talvez vago presagio asió su garganta con guante de seda.

(Manuel Puig)

Volvi a casa con la sensacional de una absurda soledad.

(Ernesto Sábato)

A amiga Mônica do blog Neogéminis.

Dentre algumas frases, escolhi as acima citadas para anexar ao meu poema participativo.

Meu Poema

Misteriosa, destemida,

fugitiva da vida remida,

solitária, não temerária,

invade espaço noturno.

"Veio só  para dizer-te 

Que, à noite,  

teve um sonho contigo".

Percorre ruelas, becos,

foge de si e dos medos,

guardou os seus sonhos,

na capa imensa azulada.

"Nada tão enganoso 

Como" um homem

maldoso.

Na penumbra do anoitecer,

invade os lugares ermos,

finge não ser amedrontada,

carrega sequelas medonhas.

"Talvez um vago presságio

Agarrou sua garganta 

Com uma luva de seda."

Todos dormem, perambula

em busca de si, incauta

dos perigos no arrebol,

breu na rua, no coração.

"Voltou à  casa, 

com a sensação 

de uma absoluta solidão." 

🖤🖤

Era junho, a lua, inteiramente cheia, projetada os seus reflexos pálidos e melancólicos na casa floresta que cobria as colinas próximas, e clareavam toda vasta campina que rodeava a casa.

Só se ouvia ao longe o murmúrio de uma cachoeira, e ao perto o piar de algumas corujas, e o chilrear de uma infinidade de grilos espalhados na planície.

(Machado de Assis)

Participação na interação também dos amigos:

Marifelita 

Neuriwoman 

Gabilliante 

José Casagrande 

Gustab